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quinta-feira, fevereiro 25, 2016

"E eu acreditei que amar fosse suficiente. Que se construíssemos uma forte base nesse relacionamento,..."

“E eu acreditei que amar fosse suficiente. Que se construíssemos uma forte base nesse relacionamento, duraríamos. Se bem que eu não me enganei. Nós ainda somos. Mas agora somos menos. O amor faz parte de nossas vidas, mas ele quer deixar de nos acompanhar. Nós não estamos presentes. E vamos, a cada momento, nos tornando lembrança. O nosso passado não influencia mais o nosso presente. Porque dos três significados da palavra presente, qualquer um deles machuca.
A gente sabe que é pouco tempo comparado ao que se espera de uma vida. Mas é como falaram, a juventude, talvez, intensifique. É como se um corte no dedo fosse um transplante de coração. A dor dói (sim) mais que o normal. A gente pensa que não aguenta, mas infelizmente vai aprender a aguentar. Nós apenas não queremos aprender, pois assim nos acostumados. E se acostumar é crueldade para o coração.
Talvez não seja para sempre. Talvez esse seja o nosso motivo para declarar um ponto final. Talvez as palavras machuquem mais que o próprio silêncio que ecoa da minha boca até os teus ouvidos. Não se sabe. Nosso futuro se tornou incerto. Eu posso te contar todos os meus segredos, sussurrar carinho, te entregar todos os meus sim’s… E de nada adiantar. Nós nos tornamos menos por causa da vida.
E sim, se passaram poucos dias desde que você se foi. Mas, eu fiquei. E o fato de ficar dilacera minh'alma. Nós, apesar de virmos sozinhos ao mundo, não esperamos a solidão. Porque ela queima. Ela traz a tona todos os desejos incansáveis, as memórias, os cheiros. Ela brinca. Ela zomba. Ela te permite sorrir por 2 minutos e te joga pro fundo do poço num piscar de olhos.
Eu quero ser mais com você. Não engulo a ideia de te ver feliz sem estar comigo. Talvez seja este o meu defeito mais amargo e incurável. O egoismo desse amor que tanto é meu. De um amor que tanto lutou para ser grande.
Queria eu ter feito mais. Quem sabe assim, seríamos demais. Pudera eu te deixar dormir e agradecer ao céus por te ter em minha cama. Melhorar meus dotes culinários e te entregar um miojo com molho madeira, ao invés de um simples e mero miojo. Ou quem sabe, apenas abraçar o teu corpo mais vezes, beijar os teus lábios, acariciar teu cabelo.
Não venho aqui pedir para que voltes. Venho pra dizer que eu sou mais por você e sempre serei, mesmo que possa ser um erro. Venho pra dizer que o tempo jamais ganhará a guerra. Mas, que talvez ganhe essa batalha. Eu sou forte. Mas deixo de ser no instante que você se desprende de mim.
Se acalme. Eu não vou morrer.
Apesar de,
poeticamente,
já ter morrido há séculos.”

- Emanuella Sassella (via pura-coincidencia)

via @notiun

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