ESPERTINA (soneto) O cerrado está frio, lenta é a hora É tarde da noite, o vento na vidraça Pendulando o tempo, tudo demora E o relógio, em letargia não passa A espertina virou no dormir escora Tento escrever, mas a ideia está lassa A vigília do olhar não quer ir embora Viro, e reviro no liso lençol de cassa Dormir? O sono no sono faz ronda O frio na minha alma faz monda E o adormecer em nada me abraça Que insônia! O sino da igreja já badala O galo da vizinha o canto já embala E o sol pela janela a noite ameaça! © Luciano Spagnol poeta do cerrado Julho, 2016 Cerrado goiano
via @notiun
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