DELÍRIO (soneto) Descalço, mas pro cerrado não cabe tento Em no teu chão, a total admiração extasia E, em frêmitos pasmos, o meu olhar dizia: - suntuoso, com todo possível argumento Cantam os jatobás, encantados, ao vento Fremente, os Joãos, Marias... os bóias-fria Vão nos caminhos, cada qual na teimosia Fazendo do dia em um novo nascimento Em suspiros, seriemas, num agudo grito No horizonte se misturam com o infinito Regendo a alma do sertão num frenesi... Neste fazer arrepiar em um doce arpejo Na admiração, a diversidade em cortejo Tudo se cala, ordena o delírio... Obedeci! © Luciano Spagnol poeta do cerrado 06/11/2018, 06’06” Cerrado goiano Olavobilaquiando
via @notiun
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