Descaminhos... Meu caminho vem sendo cheio de tropeços... A cada momento que lembro-me de teu sorriso desconcertante, do teu café forte, do teu cheiro de hortelã e da tua camisa esquecida em minha gaveta, aí minhas pernas se enfraquecem e eu caio no chão, feito uma criança a qual sempre me julgou ser, que mal aprendeu a dar os primeiros passos e já quer segurar firme em suas mãos... Olho pra trás e não vejo nada menos que algumas pegadas de par em par, que de um tempo pra cá se tornaram únicas e perdidas. Você deve ter entrado em qualquer beco por aí, ou eu mesma resolvi tomar um rumo diferente do teu. Só lembro-me que te pedi mais de 20 vezes “não me deixe, e você fez questão de esquecer das 21 em que me prometeu: “eu não vou”. Minha voz acabou sumindo também, assim como minha alma e meu sorriso. Tudo se desfez, você se foi de mim sem sequer deixar aviso prévio. E sinto falta de quando tinha todas essas coisas, ao teu lado. Eu poderia ter composto dez canções diferentes pra você, explicando em cada uma delas o quanto era naturalmente estranho cada vez que me deixava sem ar com um abraço e tirava minhas palavras com um beijo. Eu poderia ter feito tanta coisa. Era só você permitir, e permitir-se, também, da mesma forma, em igual intensidade. Não me incomodaria em ficar corada com teus elogios, muito menos em ter que aguentar tuas mudanças repentinas de humor. Não me incomodaria em nada, se desejasse realmente ficar ao meu lado, sem esse monte de idas com voltas incertas. Realmente, não teria incômodo, se, em cada tropeço, você prometesse, verdadeiramente, e de uma vez por todas, não me deixar cair...
via @notiun
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