POEMA EM SILÊNCIO (soneto) Meu verso está amordaçado As palavras dentro da vidraça Represadas e tão sem graça Estou calado, o poetar calado Inspiração diluída na fumaça O vazio estridente e arestado Ácido em um limo agargalado Inebriando tal qual cachaça Meu pensamento está suado Ofertado como fel numa taça E na solidão, então, enjaulado O poema em silêncio, bagaça Oh! Túrgido sossego enfado Diz nada, só tira a mordaça... © Luciano Spagnol poeta do cerrado Cerrado goiano
via @notiun
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