APENAS UM VERSO (soneto) Enquanto o dia no cerrado embotava Em mim cavava o emotivo submerso Dos porões dos medos que eu meço Nas incertezas, que dá sorte brotava Na aridez da saudade, ali disperso No soluço d'alma a sofrência rolava E na linha da recordação eu deitava Aí, o sertão se tornava meu universo Neste vazio a solidão por mim urrava O destino rimava quimeras no averso Então o coração amortecido chorava Assim, eu com um olhar transverso Devaneava sonhos, e lacrimejava Pedaços de mim, forjando o verso! © Luciano Spagnol poeta do cerrado 2017, julho Cerrado goiano
via @notiun
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