Calvário de saudades E eu sangue Catolé Quero jogar o meu Balde No cacimbão da saudade Em fumaças do café Minha lata remendada E o cacimbão tão distante Lembrança arame farpante Outras vezes cafuné Memória que aprisiona Desejo estaca fincada Semente em peito plantada Alçapão de passarinho Imbira , tramela e espinho Noites frientas as claras Corte taio de navalha Palhas, gravetos e ninho. Saudade tum tum pilão Desejo casco de boi Memórias doce de leite De sonhos baião de dois Fiz guerra no peito meu Pra findar esse desgosto Um dos três vai sair morto A saudade, o desejo ou eu. De chicote lapiante Imbiras de amarra cruz Lembrança coroa espiante Vinagre e lança cortante Calvariante sem luz Sem túmulo e ressurreição Lembrar de alguém que se quer E não se ter como quer Calvário deste cristão.
via @notiun
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário