A SERIEMA Falam que a seriema, quando desata O seu canto, no cerrado ali tranquilo A viola do roceiro, chora, a segui-lo Roncando esmorecimento pela mata O retinir, longo, tal um sino de prata Quando soa, longe, se pode ouvi-lo Num tal solfejo, em aguda sonata De um aristocrático canoro estilo Quando a cantata, ressoa amolada No coração do sertão, bem fundo A saudade dói, e no peito faz morada E o que mais neste canto se espanta É que o canto de apenas um segundo Na alma do sertanejo se agiganta... © Luciano Spagnol – poeta do cerrado 2020/agosto, Triângulo Mineiro
via @notiun
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