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sábado, fevereiro 08, 2020

SENTENÇA DO AMOR Sinto um calor ardente em meu pe... Gabriel Pinheiro Mendes

SENTENÇA DO AMOR Sinto um calor ardente em meu peito. Meus lábios me incomodam, desejando o seu tão esperado beijo, que em sua despedida, porventura não deixou. Possuo diversos desejos indecentes, os quais não consigo combater, quando recebo teu sorriso atraente. Apenas venho observando como as coisas tem se desenvolvido entre a gente. É sem dúvidas mais um daqueles romances surpreendentes. Quem diria que no último capítulo as coisas iriam se desfazer? Me imagino como uma estrela de uma novela. Procurando ser protagonista e corresponder às expectativas de toda audiência. Mas é apenas uma máscara para esconder a minha verdadeira escassez de esperança. Palavras ouvidas desta vez não serão repetidas. Apenas permanecerão em meu silencioso consciente. E se houver uma repetição, não será direcionada a mim, mas sim a um novo inocente deste amor ainda pendente. Como pode existir um coração tão carente? Ao nível de desconsiderar tudo o que houve, para seguir um rumo diferente. Tantas pessoas, tantos desejos. E eu estou aqui parado esperando o seu desespero. Aguardando o teu medo inexistente. Lidando com uma ilusão me doando inteiramente. Será minha sentença amar alguém que só sentia uma paixão? Alguém que dedicou-se em criar toda esta ilusão, e que de minhas mãos tirou minha maior realização. Um sonho se tornou pesadelo, abusando de meu verdadeiro profundo desespero. Me dividindo entre razão e emoção. Será que haverá guerra? Já me prendi em uma sela. Fui abandonado e preso a uma algema, da qual não tenho ideia de como encontrar a chave. Anos condenado e criticado, por ter cometido o crime de amar. O pecado de se apegar. Enquanto encaro o escuro sombrio, pessoas irrelevantes protestam alegando ter sido apenas uma paixão. E não um amor criminoso e insuperável, contrariando minha realidade. PINHEIRO, Gabriel.

via @notiun

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