Vislumbro a sensibilidade inundando-me o ser, beijando-me os poros do corpo à semelhança das flores com a terra no anúncio de mais uma primavera. Foi a tua chegada, pequeno mistério, que a cada segundo parece obrigar-me a desvendar o que trás por trás de suas nuances; o ápice faz teus lábios curvarem-se tão demasiadamente ao ponto de entregar um convite a galáxia que se esconde em seus olhos. Desejo, vulgarmente, a incapacidade de controlar o que sinto e digo a deixar tatuagens espalhadas por seu coração; sejam os instintos linhas ou entrelinhas, mas que sejam seus, e que sempre lhe lembrem. Norteio, quase que desesperadamente, a beleza da percepção; e que eu possa, assim, guardar teus maiores defeitos na concha das mãos, inalando-os quando estiveres distante, e fazendo deles meu perfume favorito. Recebo, docemente, o seu jeito de mimar as minhas feras e amansar minhas revoltas; o fundo do peito pulsa ao imaginar a quente sensação do seu toque a demarcar propriedade. Me torno, enfim, veemente.
Por mim. Por ti. Por nós.
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