“Logo de cara, já te peço desculpa pelas coisas que direi, não que eu me importe… mas enfim. Eu realmente não entendo o porque de você se importar se já estou com alguém ou não. Me responde uma “coisinha”, (olha só, eu usando o apelidinho tosco que me deu com o mesmo significado que eu tinha…) quem foi que veio com o papo de “cada um por um caminho”? Que irmos por lados opostos era o melhor a se fazer? Quem foi? Pois é. Você! E eu, por ser ridiculamente ridícula, chorei contigo no telefone dizendo que isso era bobagem. Que se devíamos seguir por algum caminho, que fôssemos juntos. De mãos dadas, se possível. Você insistiu. Beleza! Eu me cansei de chorar no telefone e mesmo assim você não me ouvir, cansei dessa coisa de você por obstáculos como desculpinha pra não ficarmos juntos. Ok. Comemore, você conseguiu. Eu fui a um caminho bem longe do seu. Porque tá me ofendendo? Eu realmente não te entendo. Na ultima conversa que tivemos você foi tão babaca, com uma desculpa tão cretina pra não ficarmos juntos, que foi o fim pra mim. Cansei. Adeus. Tô em outra estrada. E olha que legal, tinha um cara esperando eu sair dessa encruzilhada contigo, porque ele queria a oportunidade de sentir meu cheiro. Veja bem, ele beijou minha mão, minha boca e meu pescoço. Ele me segurou com vontade, coisa que você não tinha. Na verdade, você nunca teve. Infelizmente eu demorei pra perceber isso. Mas agora eu tô bem. Tô recuperada. Ele me fez respiração boca-a-boca e o fôlego voltou. Fique feliz por mim, eu tô pronta pra outra.”
- Chicago, 1992.
- Chicago, 1992.
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