Zé, você fez as cores do planeta tranacenderem. Da janela do meu quarto eu assisti a chuva de cometas que chegou no dia em que você me confessou seu amor por estrelas cadentes. Eu pensei no fim do dos tempos, no fim do mundo. No final das contas, percebi que as estrelas só continuavam a cair pela forma como você olhava pra elas. Na sacada, mirando o universo, você fazia pedidos de uma forma tão bonita que qualquer um que assistisse despencaria por livre e espontânea vontade. Eu não tinha medo, mesmo sabendo que seu olhar matava estrelas. Eu estava trancada em meus porões e você destruiu as paredes de casa, desintoxicando e reformando cada canto do meu âmago. Eu escolhi a queda livre mesmo avessa a altura. Eu nem percebi seu efeito cadente. Sou egoísta, Zé, mas eu quero dividir com você meus pontos de vista. Meus erros e falhas. Meus prós e contras. Eu sou descrente, Zé, mas hoje me peguei pedindo bonito pras estrelas suicidas.
Sorrindo você me envenenou com uma dose cavalar de esperança e pelos vãos dos teus dedos eu vi o planeta inteiro transcender.
via @notiun
Nenhum comentário:
Postar um comentário